17 de agosto de 2014
a clock is a clock is a clock is
Últimos dias de desordem. Mesmo sem ponto de partida, o relógio parece menos assertivo. Hesita na virada do minuto. Sinuca estatística - já que houve momentos de mais e maior dedicação. Agora não. Talvez o tique-taque tenha captado a intimidade e julga agradar com tantas voltas. Uma fumaça invisível engolindo tudo. Uma coleção de pedras brancas. Uma última viagem. Nuvens carregadas e falsos ídolos / ninguém entende a graça do argumento. Às onze e cinquenta e dois, caio na armadilha do segredo, onde pensar equivale a fazer – e fazer mal feito. Chega ao fim a prece rogada na infância, quando os trinta anos remetiam ao infinito.
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