23 de novembro de 2014
Quinta tentativa de refazer um percurso aleatório
Há sempre um nó, um casco, um emaranhado, uma massa. A proximidade da baía traz sem falta a mesma lembrança. Acelero para não ver. O vulto passa à direita e se confunde com a silhueta das árvores. O semáforo seguinte está fechado. Dois dias no mesmo lugar, dois dias e um novo hábito: dormir na sala. O carro morre. Poucas pessoas atravessam a avenida neste ponto. Agora posso voltar àquela casa. Da outra vez era inverno, usávamos roupas de lã. A televisão fica ligada o tempo todo. Esqueço de fazer a curva.
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